Medo de Amar
Hoje o medo explode por entre os caminhos
corre pela boca um beijo mortal
o sol sangra a tarde em doces carinhos
os olhos se fecham - silêncio total.
Negra vem a noite, serena de estío
o calor e o frio, você e o luar
misturam seus cantos nos beijos vadios
que passam as horas no afã de pousar
Uma rua estreita, uma dor renasce
de um sonho perdido, uma mesa de bar
desejo de fuga e prisão (enlace)
desesperos doces do medo de amar
Hoje o dia foi-se e repousa em meu leito
uma esperança cheia de inverdade
um descompassado pulsar no meu peito
e um sonho que exala perfume a saudade.
(01/0/94 - Parauapebas/PA, 06h30)