De amor e saudade
Este espectro que vaga sombrío
entre estrelas e noites vazias
pouco a pouco me cobre de frio.
Gira as ondas do mar, as calçadas,
lê poemas de amor escondidos,
grita e perde-se esparço no nada
procurando um sorriso perdido.
Longe canta em estranha loucura,
longe chora e sorri sem piedade,
longe perde-se em sua amargura.
Um silêncio lhe dita verdades
e o vento lhe seca a retina
de seus olhos cheios de ansiedades.
Nem um beijo acalenta sua estima,
que congela na realidade;
De quê morre essa alma sem sina?
Morre de amor e saudade.
(Parauapebas/PA)